Resenha - O último homem do mundo - Tais Cortez

Título: O último homem do mundo
Autora: Tais Cortez
Editora: LER 
Páginas: 224

SINOPSE: O último homem do mundo - Amanda é uma garota rebelde e problemática. Filha de Patrícia Oliveira, uma atriz mundialmente famosa, ela se ressente do comportamento da mãe, que trabalha demais e dedica seu pouco tempo livre para namorar. Depois de ser expulsa dos três últimos colégios, Amanda é matriculada contra sua vontade no Educação de Elite, o colégio interno mais renomado do país, onde apenas os filhos da elite nacional estudam. Determinada a conseguir mais uma expulsão, ela é capaz das maiores loucuras, mas seus planos acabam sendo frustrados por suas colegas de quarto, por uma inspetora intrometida e um diretor paciente. Lá ela também conhece Ricardo, o garoto mais popular e mulherengo do colégio. A atração entre eles é imediata, mas isso não impede que se odeiem ferozmente e que façam de tudo para prejudicar um ao outro. No entanto, o destino os forçará a unirem forças por um bem maior, e Amanda perceberá que, às vezes, o último homem do mundo de sua consciência pode ser justamente aquele que seu coração decide escolher.

Este é aquele livro que quando você entra na livraria e se depara com ele, você sente a necessidade de pegar, abrir, folhear, e por fim leva-lo.

Amanda é uma adolescente rebelde e determinada,  filha de uma famosa atriz, Patrícia Oliveira, que por conta da agenda cheia e de seus casos amorosos, nunca tem tempo suficiente para a filha.

Para chamar cada vez mais a atenção de sua mãe, Amanda sempre está envolvida em problemas. E depois da terceira expulsão de um colégio, Patrícia decide matricular a filha no Colégio Educação de Elite, um dos melhores colégios de São Paulo, a diferença desse colégio para os demais é que os alunos só podem ir para casa aos finais de semana.  O que deixa Amanda muito mais nervosa e
determinada em conseguir a sua quarta expulsão.

"Era inaceitável que ela decidisse sobre minha vida sem considerar minha opinião, que ela estivesse feliz enquanto eu não estava. E era inaceitável que eu não fizesse algo a respeito."

Assim que chega,  Amanda já chama a atenção de todos pelo jeito de se vestir, o tom colorido dos cabelos, a maquiagem pesada e as roupas descoladas que são bem diferentes do estilo dos “riquinhos” do colégio.

Logo no primeiro dia de aula Amanda já consegue uma maneira de iniciar um plano para a sua expulsão, mas para sua surpresa será ainda mais difícil do que ela pensa.  O diretor, e suas novas colegas de quarto não pretendem facilitar e deixar que isso aconteça.

Como em todo bom colégio que se preze, no Educação de Elite tem um garoto lindo, popular, e claro, mulherengo, o Ricardo.  Enquanto todas as garotas fazem fila para ficar com ele, Amanda o quer bem distante. Ela não o suporta, suas atitudes são horríveis, Ricardo é “o ultimo homem do mundo” que ela iria querer. O ódio entre ambos é instantâneo, desde o momento em que se viram.

"Você parece ser tão superficial, idiota e egoísta, mas, as vezes, parece que é outra pessoa completamente diferente (...)"

Mas devido a uma boa causa, Amanda precisa da ajuda de Ricardo e terá que ceder um pouco, ficar mais próxima dele e deixar essa raiva de lado. Ela só não contava que enquanto ela acha que o odeia, seu coração parece estar dizendo o contrario.



Fora a capa que eu achei maravilhosa, o título foi algo que me chamou muito a atenção. Pois ele tem todo um mistério. “O Ultimo Homem do Mundo”, pode ser interpretado de formas diferente, em primeiro momento eu tinha a ideia de que fosse uma busca por este tal homem (o ultimo do mundo), mas por fim é algo contraditório, do tipo, “não posso amar este homem” o que foi uma bela surpresa.

"Os livros tinham sido meus melhores amigos por muitos tempo. Eles me permitiam fugir da realidade, viver a vida de outras pessoas e esquecer as frustrações com minha própria vida."

Adorei o fato da Amanda não ser aquela típica personagem rebelde sem causa, que irrita o leitor a cada página. A determinação e confiança em suas próprias ações foi o que eu mais gostei.

A maneira como a autora abordou um drama familiar, não apenas com a personagem central , em que os pais não tem tempo para os filhos e há a falta dialogo dentro da própria casa, foi essencial.

Uma história que te mostra à surpresa e o valor de encontrar amigos e aliados onde menos se espera, a fé das pessoas, não apenas por religião, mas sim “fé na coisa”, a determinação de uma atitude prejudicial ser transformada em uma determinação para ajudar ao próximo, e claro, o amor, da forma mais comum e inusitada ao mesmo tempo. 

"Você devia saber que eu não sou mais aquela pessoa de antes."

Todos esses aspectos, esses sentimentos, são lições maravilhosas que podem ser tiradas dessa linda história e que contribuem para que “O último homem do mundo” seja uma leitura gostosa, envolvente.


Um livro indicado para todos e em todas as idades. 

4/50

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Beijos
Dri